O que li em 2010

Abaixo uma lista de alguns dos melhores livros que li nesse ano que se encerra. A relação não segue nenhuma ordem específica e fica como sugestão para quem procura algo interessante para ler

O que nos faz humanos? (Matt Ridley)

Somos produtos de nossa formação ou de nossos genes? Matt Ridley explora o assunto de maneira magistral e demonstra que, diferentemente do que se pensa, a resposta é muito mais complexa

Como chegar ao sim (William Ury)

Clássico do tema “negociação” que deveria ser obrigatório para profissionais de todas as áreas. Qualquer pessoa buscando entender melhor como resolver conflitos e aprender a negociar deve ler esse livro. Leia também “O poder do não positivo” do mesmo autor, que complementa o assunto.

A revolta de Atlas (Ayn Rand)

Um dos livros mais influentes da história da humanidade. O que acontece quando aqueles que carregam o mundo nas costas se cansam de toda a burocracia e das pessoas que apenas exploram o fruto de seu trabalho? Essencial para entender o espírito capitalista americano e os problemas que enfrentamos no Brasil.

Psicologia organizacional (Edgar Schein) e A psicologia social da organização (Karl Weick)

Organizações são, antes de tudo, agrupamentos de pessoas que por sua vez possuem um enorme repertório de cultura, valores, conceitos, hábitos e tudo mais que nos torna humanos. Compreender o que se passa dentro da cabeça de cada um e também como se dá a interação entre os diversos profissionais é crucial para entender a organização.

Os ciclos de vida das organizações (Ichak Adizes)

O autor (Adizes) não parece ser muito conhecido no Brasil, mas tem grande expressão em diversos países. A idéia principal do livro é que organizações precisam desenvolver diferentes competências ao longo de seu crescimento sob pena de se tornarem disfuncionais. O autor explora as 4 competências principais dentro de uma metodologia que consegue ser ao mesmo tempo abrangente e simples.

A ciência da gestão, Antropomarketing e Empresas de sucesso, pessoas infelizes? (todos do Clemente Nóbrega)

Cada dia me convenço mais de que a ciência da gestão é uma das mais importantes e ao mesmo tempo a menos estudada e mais desrespeitada. O autor, Clemente Nóbrega, com uma abordagem científica demonstra os principais erros incorridos pelos gestores e as diversas soluções, devidamente embasadas, para corrigi-los.

Xeque-mate, a vida é um jogo de xadrez (Gary Kasparov)

Escrito por um dos maiores enxadristas da história, Gary Kasparov, o livro é uma espécie de biografia misturada com ensinamentos e reflexões do autor sobre como as lições aprendidas no tabuleiro podem ser aplicadas à vida e aos negócios.

Boa leitura! Nos vemos em 2011!

Resultados

Se críticos econtendores não conseguem igualar seus resultados, geralmente irão denegrir a maneira como você os alcança. Os rápidos e intuitivos serão chamados de preguiçosos. Os que estudam excessivamente serão chamados de obsessivos. Embora não seja má idéia ouvir as opiniões dos outros, devemos desconfiar quando as críticas surgem logo atrás do sucesso.

*adaptado do livro “How life imitates chess” (Gary Kasparov)

Saia da zona de conforto

Nós podemos passar a vida sem mudar nossos hábitos, e nada de terrível nos acontecerá.

O problema é que, muito provavelmente, também nada de bom irá nos acontecer.

Conseguir evitar desafios não é uma façanha da qual devemos nos orgulhar.

*adaptado do livro “How life imitates chess” / Garry Kasparov

Saiba utilizar seu tempo

Os seres humanos são maravilhosamente criativos para encontrar meios de passar o tempo de maneira inútil. É nessas ocasiões que um verdadeiro estrategista se destaca, encontrando meios de progredir, reforçar sua posição e se preparar para o conflito inevitável. E o conflito – não podemos esquecer – é inevitável.

*adaptado do livro “How chess imitates life” (Gary Kasparov)

A perenidade da estratégia

Mudança pode ser algo essencial, mas só deve ser feita com atenção meticulosa e motivo justo. A derrota pode persuadi-lo a mudar o que não precisa, e a vitória pode convencê-lo de que tudo está ótimo, mesmo que você esteja à beira da tragédia. Se você se apressa em responsabilizar a estratégia que falhou e a altera o tempo todo, não tem estratégia alguma. Só quando o ambiente muda radicalmente é que devemos considerar uma mudança de fundamentos.

O sucesso quase nunca é analisado com tanto rigor quanto o fracasso, e sempre nos apressamos em atribuir nossas vitórias à superioridade, e não às circunstâncias. Quando as coisas estão correndo bem, é ainda mais importante questionar. Excesso de confiança conduz a erros, uma sensação de que qualquer coisa basta.

*adaptado do livro “How life imitates chess” (Gary Kasparov)

Vencer cria a ilusão de que tudo está ótimo

Vencer cria a ilusão de que tudo está ótimo. Há uma forte tentação de pensar apenas no resultado positivo sem considerar todas as coisas que deram errado – ou que poderiam ter dado errado – no meio do caminho. Depois de uma vitória queremos comemorá-la, não analisá-la. Repassamos o momento triunfante em nossa mente, até que pareça que ele era inevitável desde o começo.

Erros semelhantes se repetem em nossas tarefas diárias. Devemos contestar o status quo o tempo todo, especialmente quando as coisas estão indo bem. Quando algo dá errado, naturalmente queremos fazer melhor da vez seguinte, mas devemos nos educar para querer fazer melhor mesmo quando as coisas dão certo. Não fazer isso conduz à estagnação e ao fracasso inevitável.

*adaptado do livro “How life imitates chess” / Garry Kasparov

Metas de longo prazo

Se você joga sem metas de longo prazo, suas decisões se tornarão puramente reativas, e você estará jogando o jogo do adversário, não o seu.

À medida que você pula de uma coisa para a outra, será afastado do curso, ficará envolvido no que está diretamente à sua frente, em vez de se concentrar no que precisa conquistar.

*adaptado do livro “How life imitates chess” (Garry Kasparov)

Arriscar para vencer

O comportamento excessivamente cauteloso é outra forma de complacência, um efeito colateral comum do sucesso modesto. Quando estamos em sérias dificuldades, sabemos instintivamente que precisaremos correr riscos para sobreviver. Mas, quando estamos nos saindo bem, hesitamos em ceder qualquer coisa e as transformações são normalmente necessárias para ampliar uma vantagem. Dinheiro é para ser investido, soldados para serem enviados para a frente de batalha, e pequenas vantagens devem ser arriscadas para obter outras maiores. Arriscar para vencer também significa arriscar para perder, portanto a coragem é o componente mais importante

*adaptado do livro “How life imitates chess” / Garry Kasparov